O Inventário Turístico que acontece em Ilhéus e que, em breve, começará na cidade de Itacaré, será utilizado como modelo pelo Ministério do Turismo. A experiência pioneira de fazer um amplo levantamento da estrutura relacionada com o setor, permitindo desenvolver projetos para melhorar seu desempenho, será “exportada” para outras regiões turísticas do país. Em Ilhéus, o inventário já mapeou quase toda a cidade, monitorando a oferta de serviços de hospedagem, alimentação, transportes, entretenimento saúde, equipamentos culturais, entre outros.
O Ministério do Turismo validou a metodologia do Inventário como projeto-piloto e referência nacional, para que outros destinos possam ser contemplados. A coordenadora-geral de Regionalização do Ministério, Ana Clévia Guerreiro Lima, enfatiza que “além da questão de sustentabilidade, a inserção de elementos inovadores na metodologia do MTUR proporcionará uma maior facilidade e agilidade na orientação de políticas públicas regionais e na promoção e comercialização de produtos e serviços turísticos”. Segundo ela, a intenção é fazer com que turistas e moradores tenham acesso a informações geo-referenciadas com dados mais detalhados.
Ana Clévia acrescenta que, ao habilitar o Inventário Turístico como projeto-piloto, “o Ministério reconhece a importância das atividades realizadas em Ilhéus, já que estas servirão como experiências significativas para outros destinos no Brasil”. A organização de uma base de informações segura sobre a infraestrutura turística favorece a captação de recursos para investimentos e, além disso, a proposta tem como foco apontar caminhos para ampliar o retorno social do setor.
Desenvolvido pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em parceria com a Bahia Mineração (Bamin) e as Secretarias Municipais de Turismo dos municípios envolvidos, o Inventário tem como objetivo identificar os atrativos, serviços e equipamentos turísticos, com a finalidade de construir uma base de informações para fins de planejamento e gestão da atividade turística. A concepção e a execução do trabalho estão baseadas em conceitos de inovação.
Marco Aurélio Ávila, coordenador do projeto e membro do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Uesc, afirma que foram inseridas inovações em todas as etapas do Inventário, “a fim de maximizar resultados, reduzir custos e minimizar impactos socioambientais gerados pelas atividades previstas na inventariação turística”. Entre as inovações, Ávila destaca a parceria entre entidades públicas, iniciativa privada e instituição de ensino, para a viabilização técnico-financeira da proposta, bem como a utilização integrada de recursos tecnológicos na coleta de dados e a inserção de novos métodos de participação e sensibilização da comunidade.
O coordenador destaca ainda a análise dos indicadores de sustentabilidade da atividade turística na região, um incremento sugerido pela empresa parceira da Uesc no Inventário Turístico. Essa verificação tem como objetivo conhecer exatamente o retorno social do turismo e descobrir de que forma o setor é capaz de produzir ganhos mais significativos para a comunidade local.
Gustavo da Cruz
Professor do DCAC – Departamento de Administração e membro do NTT – Núcleo de Turismo da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz
Doutor em Turismo e Sustentabilidade pela ULPGC (Espanha) com linha de atuação em Marketing, Gestão Turística e Desenvolvimento Local
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